sexta-feira, 26 de junho de 2009

[Música] - Morre Michael Jackson vulgo ex-negão!

Eu gosto do som dele, desde os Jacksons Five, ja comentei isso aqui, mas lendo alguns textos na net, esse do Mauricio Stycer me chamou a atenção


Michael Jackson não morreu
26/06 - 00:25 - Mauricio Stycer, repórter especial do iG

Como Elvis Presley, tudo indica que Michael Jackson permanecerá mais como um personagem mítico do que como o músico genial que foi. Prevejo, nos próximos cinco anos, a fundação de algumas igrejas dedicadas a ele, bem como a publicação de pelo menos 50 livros, com revelações picantes e contraditórias sobre as suas esquisitices.
Cenas íntimas com Michael vão reaparecer em vídeos caseiros, guardados por pessoas que privavam da sua confiança e estavam esperando o melhor momento e o melhor preço para torná-los públicos. A mãe de seus filhos vai finalmente falar, contando em detalhes tudo que sempre imaginamos, mas não podíamos dizer em voz alta.
Também vislumbro uma dezena de documentários, com depoimentos esclarecedores de pessoas que o conheceram por pelo menos cinco minutos (não pode faltar, no Brasil, o testemunho de Gloria Maria), assim como reedição de todos os seus discos em CD, DVD e novos formatos que ainda serão criados. Pais, irmãos, parentes, ex-funcionários – todos venderão a peso de ouro para Hollywood as suas lembranças e oferecerão, em leilões, as quinquilharias que guardaram com a marca ou assinatura de Michael.
Os estúdios onde o músico gravou seus discos serão incluídos em roteiros turísticos especiais, dedicados a retraçar os seus passos – um passeio cujo ápice será a famosa mansão onde morou. O dia 25 de junho será rapidamente transformado em data de peregrinação, celebração e retiro.
Em pouco tempo, com a ajuda da barafunda de informações desencontradas, as teorias da conspiração vão encontrar o terreno fértil para prosperar e, não duvido, logo surgirão especulações sobre a sua morte. Daí a alguém portar um cartaz com os dizeres “Michael não morreu” será um passo.
“Maicô!”, “Maicô!”, “Maicô!”
Fui encarregado pela “Folha”, em 15 de outubro de 1993, de escrever a matéria principal sobre o primeiro show de Michael Jackson em São Paulo, no estádio do Morumbi. No dia seguinte, o jornal publicou um caderno especial chamado “Megashows”, de quatro páginas, dedicado à cobertura do evento.
Relendo o texto, vejo que não guardei nenhuma lembrança especial do evento – sinal de que não gostei do show. Reproduzo-o abaixo:
Uma megahisteria tomou conta do Morumbi, ontem, às 21h34, quando Michael Jackson deu finalmente início ao megashow mais esperado do ano no Brasil. Até que ele aparecesse no palco e começasse a cantar ainda se passaram quase dez minutos, período em que a platéia estimada entre 70 mil e 80 mil pessoas chegou ao delírio, como num jogo de futebol, gritando “Maicô”, “Maicô”.
Cerca de 50 pessoas desmaiaram entre a primeira e terceira música do show, somando-se às cerca de 250 pessoas que desmaiaram antes do início. A maioria dos atendidos pelo Unicor apresentavam os mesmos sintomas: falta de ar, fraqueza e crise de choro. Todos tomaram água com açúcar e voltaram para o gramado. Para chorar com Michael Jackson.

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